Privilegiando a interpretação (ou escuta) em detrimento da análise, e preocupando-se antes com o questionar do que com responder, o artigo propõe-se a um caminhar pela questão do silêncio, entendido como essência da linguagem, que acontece na poesia de Max Martins. Para tanto, busca o diálogo entre pensamento e poesia, e recorre, principalmente, à s reflexões implementadas por Martin Heidegger acerca da linguagem, tendo em vista sua “hermenêutica poéticaâ€. Dentro de tal “travessiaâ€, pelo seu caráter de abertura, inevitavelmente inúmeras outras questões aparecem tangenciando o tema principal, dentre as quais, vale destacar a discussão acerca do lugar da poesia, ou melhor, do poético, dentro de nossa sociedade marcada pela hegemonia da técnica — em outras palavras, pela construção técnico-cientÃfica do real.