O artigo discute como os modelos computacionais autorreguláveis possuem autonomia na construção de sua própria composição visual. A partir do conceito de abstração, que inicia o processo de autonomia para o elemento compositivo, o texto percorre modelos computacionais matemáticos e autorreguláveis geradores de imagens buscando associar este conceito de autonomia à própria imagem. O texto também apresenta alguns trabalhos do grupo 1maginari0: Poéticas Computacionais, que exemplificam o argumento teórico apresentado. O artigo defende a diferença entre imagem matemática e imagem autorregulável. A primeira não apresenta autonomia, por se tratar de combinações aleatórias de previsibilidade distinguÃveis. Por outro lado, a segunda é autônoma, pois ao elemento compositivo são incorporados conceitos de autossustentação, reprodução e mutação, que permitem ao corpo virtual do elemento uma forma de intencionalidade de sobrevivência em um ambiente não determinÃstico. Assim, as composições são geradas da própria imagem, e não de um agente externo ao sistema da própria composição, colocando em discussão o papel do artista enquanto produtor desses modelos de imagem.