A difícil realidade do pronto atendimento infantojuvenil mostrando a situação de saúde de uma cidade/ The harsh reality of children and youth emergency care showing the health status of a city

Revista Paulista De Pediatria

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Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

A difícil realidade do pronto atendimento infantojuvenil mostrando a situação de saúde de uma cidade/ The harsh reality of children and youth emergency care showing the health status of a city

Ano: 2013 | Volume: 31 | Número: 2
Autores: B. V. Peixoto, E. Piazzetta, F. A. Rischini, M. N. Guimarães, M. Cuziol, P. B. Lodo, T. D. Baumgratz, S. C. Zeppone
Autor Correspondente: S. C. Zeppone | [email protected]

Palavras-chave: atendimento de emergência; perfil de saúde; pronto-socorro; saúde da criança; Sistema Único de Saúde./ emergency care; health profile; emergency service; child health; Unified Health System

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de crianças
e adolescentes na faixa etária de 0 a 19 anos atendidos no
pronto atendimento do Hospital Escola Municipal, de maneira a monitorar a rede de saúde de São Carlos, no estado
de São Paulo.
Método: Estudo descritivo e transversal com coleta dos
dados de prontuários, entre agosto de 2008 e setembro de
2009 (14 meses), sendo uma amostra aleatória, ao acaso,
de 15 dias dos atendimentos em 50% das consultas mensais,
somando-se 13.339 prontuários de um total de 26.678 atendimentos. Foi construído um banco de dados no programa
Epi-Info para análise descritiva.
Resultados: Do total, 48,3% dos pacientes eram do sexo
feminino, 55% com idades entre zero e quatro anos e 95%
oriundos de demanda espontânea. Isso corresponde a um
esboço de 41% da população entre 0 e 19 anos de idade que
teve somente este tipo de atendimento. Houve predomínio
das doenças do aparelho respiratório (48,5%), nos meses de
outono e inverno. As regiões que mais utilizaram o prontoatendimento compreenderam bairros das regiões norte,
nordeste e noroeste de São Carlos, as quais possuem ampla
densidade populacional.
Conclusões: Os resultados apontaram a difícil realidade,
com alta demanda espontânea, de crianças de zero a quatro
anos no pronto atendimento pediátrico, sem acolhimento
prévio a esses pacientes. A situação da rede de saúde aponta
para a necessidade de medidas urgentes que fortaleçam a assistência das unidades básicas de saúde e de saúde da família.



Resumo Inglês:

Objective: To analyze the epidemiological profile of
children and adolescents aged between 0 to 19 years, assisted
by the emergency department of a City School Hospital in
order to monitor the health care system of São Carlos, São
Paulo, Southeast Brazil.
Method: This is a descriptive and cross-sectional study
that collected data from medical records, from August
2008 to September 2009 (14 months). The random sample
was taken from 15 days of each month, 50% of the total of
26,678 patients seen during that period of time, accounting
for 13,339 medical records. The Epi-Info software was used
to build the database; results were evaluated by descriptive
statistical analysis.
Results: Among the analyzed medical reports, 48.3%
were female patients, 55% of the patients were aged between
0 and 4 years. Most of the children (95%) came by spontaneous demand. During that period, 41% of the population
aged 0 to 19 years-old sought for only this type of health
care. The most prevalent diseases were respiratory diseases,
which showed 48.5% incidence during fall and winter. Most
patients came from the north, northeast, and northwest
regions of São Carlos, which have high-population density.
Conclusions: The results showed a sad reality, with
high spontaneous demand of children aged from zero to
four years-old for pediatric emergency care. Most patients
had not received prior care from other doctors. The health
network situation indicates the need for urgent measures to
strengthen the primary care assistance for basic health care
centers and family physicians.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Analizar el perfil epidemiológico de niños y
adolescentes en la franja de edad de 0 a 19 años, atendidos en
el Servicio de Urgencias (SU) del Hospital Escuela Municipal,
de modo a monitorear la red de salud de esa ciudad.
Método: Estudio descriptivo y transversal con recolección
de datos de prontuarios, entre agosto de 2008 y septiembre
de 2009 (14 meses), con muestra aleatoria, al azar, de 15
candidatos de los servicios en 50% de las consultas mensuales, sumando 13.339 prontuarios de un total de 26.678
atenciones. Se construyó una base de datos en el EpiInfo para
análisis descriptivo.
Resultados: Del total, el 48,3% de los pacientes eran del
sexo femenino, el 51,7% del sexo masculino, el 55% con edad
entre 0–4 años y el 95% originarios de demanda espontánea,
correspondiendo a un bosquejo del 41% de la población
entre 0 a 19 años de edad que tuvo solamente ese tipo de
atención. En 48,5%, hubo predominio de las enfermedades
del sistema respiratorio los meses de otoño e invierno. Las
regiones que más utilizaron el SU comprendieron barrios de
la región norte, nordeste y noroeste de la ciudad, que poseen
gran densidad de población.
Conclusiones: Los resultados señalaron la dura realidad,
con alta demanda espontánea, en niños de 0 a 4 años de edad
en el servicio de urgencias pediátrico, sin acogida previa a esos
pacientes. La situación de la red de salud apunta a la necesidad
de medidas urgentes para el fortalecimiento de la asistencia en
unidades básicas de salud y de salud de la familia.
Palabras clave: atención de emergencia; perfil de
salud; servicios de emergencia; salud del niño; Sistema
Único de Salud.