Nietzsche e a linguagem performativa: performativos explícitos e a fala do martelo

Revista Trágica

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ISSN: 19825870
Editor Chefe: André Martins
Início Publicação: 31/05/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Nietzsche e a linguagem performativa: performativos explícitos e a fala do martelo

Ano: 2013 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Rodrigo Francisco Barbosa
Autor Correspondente: R. Barbosa | [email protected]

Palavras-chave: linguagem; performativo; Cassin; Nietzsche.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A hipótese experimentada neste artigo é a de que por meio da identificação de elementos textuais da obra de Nietzsche podemos reconhecer como quer Linda Simonis, que o filósofo alemão seria um “defensor e teórico do performativo avant-la-letre”. Neste exercício interpretativo, esses elementos textuais são identificados, por exemplo, como modulações da voz na narrativa dos últimos textos de Nietzsche de 1888. Para realizar tal procedimento foi preciso ter como “pano de fundo” a interpretação de Barbara Cassin cuja problematização das definições rígidas do performativo e das “taxonomias” realizadas por Austin foi alavancada para nossos propósitos como ferramenta interpretativa. Neste sentido, como parte de um trabalho maior, o presente artigo busca explicitar em que medida esses elementos identificados como o “eu” da narrativa e a “figura do martelo” nos últimos textos de Nietzsche podem ser reconhecidos como parte da afirmação de Simonis que permite, em ultima instância, este nosso enquadramento desses procedimentos junto à noção mais ampla de “performativo”.



Resumo Inglês:

The hypothesis experienced in this article is that by identifying textual elements of Nietzsche's work we can recognize, as Linda Simonis wants, that the German philosopher would be a “avant-la-letre defender and theorist of the performative”. In this interpretive exercise, those textual elements are identified, for example, as modulations of voice in the narrative of the last texts of Nietzsche. To perform such procedure it was necessary to have as “background” the interpretation of Barbara Cassin, whose questioning of rigid definitions of performative and of “taxonomies” carried out by Austin was leveraged for our purposes as an interpretive tool. Therefore, as part of a larger work, this article seeks to clarify to what extent these elements identified as the “I” of the narrative and the “figure of the hammer” in the last texts by Nietzsche can be recognized as part of Simonis’ statement that allows, in the last instance, our framework of these procedures with the broader notion of “performative”.