Este artigo relaciona o conceito de modelos nas ciências à noção de rupturas
epistemológicas entre as diferentes campos do conhecimento. A tese central deste artigo é que a
rejeição ou a defesa do uso de modelos nas ciências é derivada de um princÃpio epistemológico
mais fundamental que se refere à posição a respeito da existência de rupturas epistemológicas
entre as diferentes áreas do conhecimento, especialmente entre o conhecimento comum e o
conhecimento cientÃfico. A posição especÃfica de Bachelard sobre a utilização de modelos é
analisada e contraposta a argumentos contrários. O texto apresenta uma tentativa de resposta Ã
pergunta sobre qual a posição que parece ser mais correta: a que defende que entre os domÃnios
epistemológicos somente existem rupturas ou a que defende que existem continuidades entre as
regiões do conhecimento.