Em meados do século XVIII, floresceu em Portugal uma preocupação, entre os ‘estrangeirados’, sobre as causas do ‘atraso’ do reino e as formas de buscar sua ‘regeneração’. A ilustração portuguesa inicia então uma tradição que, de forma predominante, mas não unânime, atribuiu ao Tratado de Methuen (ou Tratado de Panos e Vinhos), de 1703, a origem dos problemas do ‘atraso’ do desenvolvimento manufatureiro lusitano e a apropriação do ouro produzido no Brasil. Este texto tem como objetivo principal refletir a respeito da construção dessa vertente explicativa e sua persistência na história ensinada no Brasil.
In the mid-eighteenth century flourished in Portugal a concern among the ‘estrangeirados’ about the causes of ‘atraso’ of the kingdom and ways to get his ‘regeneração’. The illustration starts then a
Portuguese tradition, the predominant form, but not unanimous, gave the Methuen Treaty (or Treaty of
cloths and Wine), 1703, the source of the problems of not development of the Lusitanian manufacturing
and appropriation of the gold produced Brazil. This work has as main objective to reflect on the
construction of this school and explaining their persistence in the history taught in Brazil.