Este artigo enfatiza a análise e discutição das experiências de pessoas que experenciaram o castigo na escola e refletir as relações de vivências que tiveram na escolarização, considerando o século XX. A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Sinop, devido à sua condição de cidade de colonização e ter pessoas de vários estados brasileiro, situação que facilitou o desenvolvimento do trabalho. Os objetivos da pesquisa foram compreender as dificuldades enfrentadas pelas pessoas e como elas se sentiam diante dos castigos e analisar as relações existentes entre o castigo e as práticas educativas no processo contraditório capital e trabalho. A pesquisa é qualitativa sobre orientação da metodologia da história oral, de cunho marxista para apreender as relações sociais e históricas estabelecidas pelos sujeitos. O roteiro desta foi composto por entrevista semiestruturada, seguido de um roteiro com quinze perguntas, com oito com pessoas de diferente grau de escolaridade, da zona rural da zona urbana. O resultado da pesquisa aponta que os sujeitos envolvidos possuem experiências que os afligem e está fortemente presente em suas memórias: a educação sustentada no castigo. A sociedade está marcada por desigualdades e opressões legadas de outrora e que estão nas memórias dos colaboradores, seres que vivem em uma sociedade individualista e exclusiva. A educação humanizada e de reconhecimento humano não é possÃvel enquanto o humano viver sob a égide do capital.