O presente artigo desenvolve considerações sobre projetos complexos e apresenta uma proposta conceitual para a gestão do processo de projeto em situações de arquitetura efêmera, como é o caso de exposições em museus. Esses empreendimentos são caracterizados pela interação dinâmica entre o acervo, o ambiente construÃdo e os agentes envolvidos, incluindo expositores, gestores, promotores e usuários. Nesse contexto, a simbologia das exposições apresenta caracterÃsticas que devem ser consideradas no programa arquitetônico e nos projetos complementares. Ou seja, ressalta-se a imprescindÃvel relação entre o acervo, o ambiente construÃdo e o público, interação esta que determina restrições ou condições de projeto que, em maior ou menor medida, condicionam a criação arquitetônica. Nesse trabalho consideramos tais condicionantes como pontos focais, implicando em valores e requisitos do programa do empreendimento que precisam ser considerados desde o primeiro momento, ainda com a folha em branco. A partir dessas premissas, propõe-se uma estrutura conceitual para o processo de projeto, que utiliza práticas de Project Management. Destaca-se que a complexidade desses empreendimentos torna necessária a introdução de mecanismos efetivos de colaboração e engenharia simultânea na fase de projetos. Propõe-se uma estrutura conceitual para a fase de concepção desses empreendimentos, onde o foco está no compartilhamento dos valores e programa do projeto entre a arquitetura e outras disciplinas que, em função das caracterÃsticas da exposição, devem ter especial destaque e passam a ser pontos geradores do processo de projeto.