O artigo refere-se ao romance angolano Jaime Bunda, Agente Secreto, de Pepetela, assinalando
a presença da paródia na relação da referida obra com a fórmula do gênero policial para
consumo de massa. Jaime Bunda, Agente Secreto ultrapassa as raias da trivialidade e o faz
transitando pela paródia. Nada, na obra, parece fincar-se na casualidade; a simbologia e os
entrelaçamentos se tornam evidentes à medida que a narrativa ocorre, num enorme espetáculo
de entrelinhas. Os aspectos polÃticos, embora se apresentem de modo conturbado, parecem ser a
tônica da obra, bem ao gosto de Pepetela.