CONTEXTUALIZAÇÃO:
A autoeficácia tem se mostrado preditora de muitos comportamentos relacionados à saúde, dentre eles, a prática de exercÃcios do assoalho pélvico (AP) com foco na prevenção ou cura.
OBJETIVO:
Descrever o processo de construção e as propriedades psicométricas da Escala de Autoeficácia para Prática de ExercÃcios do Assoalho Pélvico (EAPEAP).
MÉTODO:
Estudo transversal de validação com 81 mulheres da comunidade e 96 puérperas, sendo que 54,8% queixavam-se de perdas urinárias. Procedeu-se com análise fatorial exploratória e análise de consistência interna. Para verificar capacidade preditiva, analisou-se a aderência em três meses pós- intervenção e comparou-se o escore de autoeficácia entre mulheres aderentes e não aderentes. A fidedignidade foi avaliada pela técnica das metades partidas.
RESULTADOS:
O instrumento obteve α=0,923 e revelou três fatores: expectativa de performance considerando a ação, expectativa de performance considerando a preparação para a ação e expectativa de resultado. Tais fatores foram responsáveis por 65,32% da variância total. O instrumento foi capaz de diferenciar as mulheres que aderiram daquelas que não aderiram aos exercÃcios (U=352, p=0,013), e houve correlação forte entre as duas metades do instrumento (rho=0,889, p<0,001).
CONCLUSÃO:
A escala é válida e confiável para mensurar autoeficácia para prática de exercÃcios do assoalho pélvico.
Palavras-Chave: autoeficácia; assoalho pélvico; movimento; estudos de validação; aderência
BACKGROUND:
Self-efficacy has been shown to be a predictor of many health-related behaviors, including the practice of pelvic floor exercises with a focus on prevention or cure.
OBJECTIVES:
To describe the process of construction and the psychometric properties of the scale of self-efficacy for the practice of pelvic floor exercises (EAPEAP).
METHOD:
A cross-sectional study of validation was carried out with 81 from community and 96 postpartum women, 54.8% of them complained of urinary leakage. An exploratory factor analysis and internal consistency analysis was performed. To check predictive capacity, we analyzed the adherence at 3 months post - intervention and compared the scores of self-efficacy between adherent and non-adherent women. Reliability was analyzed by split half procedure.
RESULTS:
The instrument showed α=0.923, and revealed three factors: performance expectation considering the action, performance expectation considering the preparation for action and outcome expectations. These factors accounted for 65.32% of the total variance. The instrument was able to differentiate between women who adhere and have not adhered to the exercises (U=352, p=0.013) and there was strong correlation between the two halves of the instrument (rho=0.889, p<0.001).
CONCLUSION:
The scale is a valid and reliable tool to measure self-efficacy to practice pelvic floor exercises.
Key words: self-efficacy; pelvic floor; movement; validation studies; adherence