CONTEXTUALIZAÇÃO:
Testes comumente utilizados para a avaliação clÃnica da força muscular apresentam importantes desvantagens. O Teste do Esfigmomanômetro Modificado (TEM) é promissor para esse fim, por ser barato e fornecer medidas objetivas.
OBJETIVOS:
Investigar o método e a forma de operacionalização mais adequados para avaliação da força muscular com o TEM.
MÉTODO:
Estudo metodológico, com 40 adultos saudáveis (22,98±2,26 anos), não praticantes de atividade fÃsica regular. A força dos músculos flexores/extensores de cotovelo e joelho e preensores palmares do lado dominante e flexores anteriores de tronco foi avaliada com os dinamômetros portáteis e diferentes métodos do TEM (adaptações da bolsa, da braçadeira e não adaptado) por um único examinador, em ordem aleatória, com leitura e registro dos valores por outro examinador. As operacionalizações investigadas foram: primeira repetição e médias de duas e três repetições. One-way ANOVA e Coeficientes de Correlação de Pearson foram utilizados para análises (α=0,05).
RESULTADOS:
Para todo os métodos do TEM, utilizados para avaliar os grupos musculares, foram encontrados valores similares para todas as formas de operacionalização(0,01<F<0,26;0,77<p<1,00) e correlações significativas e positivas com as medidas dos dinamômetros(0,51<r<0,94; p<0,003).
CONCLUSÕES:
Estatisticamente, os diferentes métodos do TEM se mostraram igualmente adequados para avaliação da força muscular de adultos saudáveis, e apenas uma repetição, após familiarização, foi suficiente para obtenção de resultados adequados. Nenhuma demanda de tempo para realizar a adaptação e a capacidade de mensuração de valores maiores de força muscular favorece o esfigmomanômetro não adaptado. Facilidade de treinamento para uso e estabilização favorecem o método da bolsa.
Palavras-Chave: reabilitação; força muscular; avaliação; extremidade superior; extremidade inferior; tronco
BACKGROUND:
Tests that are usually employed for the clinical assessment of muscular strength have notable disadvantages. The Modified Sphygmomanometer Test (MST) is a promising method because it is low-cost and provides objective measures.
OBJECTIVES:
To investigate the most adequate method and sources of outcome values for the assessment of strength with the MST.
METHOD:
Methodological study with 40 healthy adults (22.98±2.26 years), who did not practice physical activity regularly. The strength of the flexors and extensors of the elbow and knee, the handgrip of the dominant side and anterior trunk flexors were randomly assessed with portable dynamometers and the MST (bag and cuff adaptations, and sphygmomanometer without adaptation) by a single examiner. An independent examiner read and recorded the values. The sources of the investigated outcome values were the first trial and the means of two and three trials. One-way ANOVAs and Pearson Correlation Coefficients were used for the analyses (α=0.05).
RESULTS:
For the MST methods applied to assess all muscular groups, similar values were found for all sources of outcome values (0.01<F<0.26; 0.77<p<1.00) with significant and positive correlations between the measures obtained with the dynamometers (0.51<r<0.94; p<0.003).
CONCLUSIONS:
All MST methods showed adequate results for the assessment of strength in healthy individuals, and after familiarization, only one trial was sufficient to provide reliable measures. The sphygmomanometer without adaptation is not time consuming, compared to the other adaptations, and showed the capability of measuring higher values of strength. The bag method was easily trained to be used and stabilized.
Key words: rehabilitation; muscular strength; assessment; upper extremity; lower extremity; trunk