Diante do aumento acelerado de casos de pessoas portadoras de câncer e da necessidade de cuidado familiar, buscou-se conhecer as mudanças ocorridas na vida desses cuidadores familiares diante de tal tarefa, propondo então um atendimento à s suas necessidades fÃsicas e/ou emocionais. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem quantitativa, desenvolvido no Hospital Aristides Maltez em Salvador-BA, onde foram entrevistados 30 familiares cuidadores de pacientes oncológicos, utilizando um questionário semiestruturado, em setembro de 2009. Verificou-se que 90,0 % dos cuidadores eram mulheres, das quais 53,3 % eram casadas, de faixa etária entre 41 e 60 anos; 50,0 %; 64,3 % (19) dos familiares cuidadores declararam ter sofrido alterações na comunicação com o paciente; 93,3 % (28) sofreram mudanças na vida pessoal; 70,0 % (21) tiveram alterações nas atividades profissionais; 96,7 % (29) não alteraram seu estado civil; 24,6 % afirmaram que o sono foi a tarefa diária mais alterada; 73,3 % (22) declararam ter sofrido de alterações na saúde; 53,3 % (16) não relataram mudanças na autoestima e 66,7 % (20) não conseguiram pensar na possÃvel perda (morte) do paciente. É relevante conhecer essas alterações cotidianas vivenciadas pelos cuidadores, a fim de ajudá-los a lidar com tal situação e contribuir positivamente no cuidado ao paciente oncológico.