Este ensaio problematiza, a partir da filosofia de Gilles Deleuze, a gestão do trabalho como
um campo de experimentação. A gestão é concebida como a operação de uma “relação
paradoxal†entre os dois planos: o das formas e o das forças. A gestão tradicional é analisada
como o modo de exercÃcio da relação entre esses planos que busca conter o impacto das
singularidades sobre o plano das formas e consolidar as tendências existentes nos estratos –
uma gestão centrada no plano de organização. Como alternativa, é proposta uma gestão que
aposta na construção de dispositivos transversalizadores, que buscam produzir fissuras,
favorecer os encontros “afectivosâ€, promover a produção de contágios e a permeabilização
dos estratos às intensidades – como um movimento de reversão das tendências já inscritas nos
estratos, como uma maneira singular de combinar a forma (o estratificado) com o informe (o
Fora): condição para a invenção do novo.
This essay examines labor management as an experimental field funded in the philosophy of
Gilles Deleuze. Management is conceived as the operation of a “relation of paradox†between
two levels: the level of forms and the level of strengths. Traditional management is
investigated as the mode of exercise of the relation between these levels that seeks to hold the
impact of singularities on the level of forms and to consolidate existing trends in the stratus –
a management centered on the level of organization. As an alternative, it proposes a
management that invests in the construction of transversal device that seek to produce
fissures, to favor affecting encounters, to promote the production of leakages and to make
stratus permeable to the intensities – as a movement of reversion of those trends already
inscribed in the stratus, as a unique manner to blend a form (the stratified) with the inform
(the Outside): condition to the invention of the new.
Este ensayo problematiza la gestión del trabajo como un campo de experimentación a partir
de filosofia de Gilles Deleuze. Se concibe la gestión como una “relación paradójica†entre los
dos campos: el campo de las formas y el campo de las fuerzas. Se analiza la gestión
tradicional como el modo de ejercicio de la relación entre esos campos que busca contener el
impacto de las singularidades sobre el campo de las formas y consolidar las tendencias
existentes en los estratos – una gestión centrada en el plano de la organización. Como
alternativa, se propone una gestión que apuesta en la construcción de dispositivos que
transversalizan, favorecer los encuentros que “afectanâ€, provocar la producción de contagios y
la permeabilización de los estratos a las intensidades – como un movimiento de reversión de
las tendencias ya inscritas en los estratos, como una manera singular de combinar la forma (lo
estratificado) como lo informe (el Afuera): condición para la invención de lo nuevo.