O artigo visa identificar como é realizado o planejamento financeiro das empresas supermercadistas de porte compacto do Vale dos Sinos, no sul do Brasil, com mais de 10 anos de existência. O estudo foi dividido em duas etapas, uma qualitativa e outra quantitativa. Na etapa qualitativa, elaborou-se uma entrevista semiestruturada, aplicando-se a uma amostra não-probabilÃstica e por conveniência em 6 (seis) supermercados compactos. Na segunda etapa da pesquisa, quantitativa, de posse dos resultados da etapa anterior, elaborou-se um questionário com perguntas fechadas de múltipla escolha, sendo aplicado o instrumento de coleta de dados em uma amostra não-probabilÃstica e por conveniência em 33 (trinta e três) supermercados. O planejamento financeiro realizado pelas empresas é muito informal, possuem sistema informatizado, porém não o utilizam, não trabalhando com fluxo de caixa e não possuem orçamento de compras. A mesma pessoa que compra controla a parte financeira. Realizam compras especulativas (além da necessidade), para aproveitarem os preços e aumentar sua competitividade. Controlam suas contas a pagar através de pastinhas e atualizam os valores a pagar uma vez por semana. Apesar do planejamento financeiro destas empresas de ser muito informal, mesmo que precariamente, estas possuem determinados controles que contribuÃram para sua sobrevivência ao longo dos anos. Aconselha-se estas empresas a passarem a trabalhar com fluxo de caixa, orçamento de compras e a condição de pagamento acertada com o fornecedor e levar em consideração o fluxo de caixa da empresa.
This research aimed to identify how small-sized supermarket companies from the Sinos River Valley, Southern Brazil, with more than 10 years of experience perform their financial planning. The study was divided into two stages, one qualitative and the other quantitative. In the qualitative stage, a semi-structured interview was administered to a non-probability convenience sample at 6 (six) small supermarkets. In the second stage of the research, which was quantitative, the results from the previous stage were used to develop a questionnaire with closed multiple-choice questions, which was administered to a non-probability convenience sample of 33 (thirty-three) supermarkets. These companies perform a very informal financial planning and have a computerized system, but do not use it; additionally, they do not work with cash flow nor have a purchasing budget. The person who is responsible for purchasing is the same who controls the financial portion of the company. These supermarkets make speculative purchases (beyond their needs) to take advantage of the prices and improve their competitiveness. Furthermore, they control their accounts payable using little folders and update their values payable once a week. Although these companies have a very informal financial planning, they took some control measures, albeit precarious, that contributed to their survival throughout the years. These supermarkets are advised to start working with cash flow and purchasing budget, in addition to establishing payment terms with providers and taking into account the company's cash flow.