Os verbos psicológicos do tipo objeto-experienciador são verbos que incluem em seu significado um estado mental (psicológico) que seu argumento interno passa a ter como decorrência de um evento causador relacionado. Tendo como arcabouço teórico a Morfologia DistribuÃda (HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997, 2001), a proposta é tentar decompor tais verbos em uma estrutura de evento representada sintaticamente (RAMCHAND, 2003; PYLKKÄNEN, 2002; CUERVO, 2003; LIN, 2004; MARANTZ, 2007; HALE; KEYSER, 1993; etc.). Esses verbos apresentam certas propriedades sintáticas e semânticas, como por exemplo, permitirem paráfrases envolvendo nomes dos quais, com frequência, são morfologicamente derivados: apavorar/causar pavor e animar/causar ânimo. É possÃvel que a raiz ou o nome de base em tais verbos nomeie estados psicológicos e que haja uma relação sintática e semântica (HALE; KEYSER, 1993), estabelecida por um morfema (um prefixo), entre o nome ou raiz que nomeia tal estado psicológico e o complemento do verbo, seu argumento interno. Defendemos que a estrutura morfológica possa dar alguma explicação (i) sobre como os verbos psicológicos selecionam seus argumentos e como eles são interpretados e (ii) que relação há entre a forma do verbo e a estrutura de evento com a qual ele está relacionado.
Object-Experiencer verbs include in their meaning a (psychological) mental state that its internal argument gets as a result of a related cause event. Assuming the theoretical framework of Distributed Morphology (HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997, 2001), I try to decompose such verbs in a syntactically represented event structure (RAMCHAND, 2003; PYLKKÄNEN, 2002; CUERVO, 2003; LIN, 2004; MARANTZ, 2007; HALE; KEYSER, 1993; etc.). These verbs have certain syntactic and semantic properties: they allow paraphrases involving nouns from which they are often morphologically derived: fear/cause fear, worry/cause worry. It is possible that the root or base noun in such verbs denote psychological states and that there is a syntactic and a semantic relationships established by a morpheme (prefix), between the noun or root and the complement of the verb, its internal argument. We argue that the morphological structure can give us some explanation about: (i) how the psychological verbs select their arguments and how they are interpreted and (ii) what relationship exists between the form of the verb and the event structure with which it is related.