Pretende-se analisar a alteridade e identidade narrativa, elaboradas por Paul Ricoeur,
especialmente em O si-mesmo como um outro. A passagem para a identidade e alteridade pressupõe uma dimensão narrativa, que designa o homem como protagonista de sua história. Estabelece-se uma intersecção entre filosofia e literatura a fim de captar a representação dramática delineada por Clarice Lispector no “Mineirinhoâ€. A interpretação literária expõe a tensão do não reconhecimento. O desvelamento do outro atravessa a voz da narradora, permitindo que a experiência narrativa realize o movimento de comunicação do si e do outro, encontro Ãmpar de reconhecimento. Cuida-se da promoção dos direitos humanos a grupos tradicionalmente excluÃdos das narrativas construÃdas por subjetividades reconhecidas.