Este ensaio propõe a noção de epistemologias ecológicas e suas implicações para a pesquisa em educação ambiental. Estas epistemologias buscam demarcar a dimensão ecológica de uma virada ontológica na direção da simetria entre diferentes regimes de conhecimento e entre humanos e não humanos. Esse movimento pode ser identificado na obra de autores como Tim Ingold, Bruno Latour, Descola, De Landa, Deleuze e Guattari. Tendo esse debate ao fundo, o conceito proposto de epistemologias ecológicas apresenta-se como uma noção necessariamente plural. Não pretende designar uma unidade teórica, mas um movimento de abertura epistêmica inspirado na simetria, na materialidade e nos fluxos que tencionam a grande divisão sujeito e objeto, natureza e cultura. Trata-se, nessa perspectiva epistemológica, de tomar o saber não como um conhecimento sobre o mundo, mas considerar regimes de conhecimento que se produzem com o mundo. Tal postura se contrapõe à via régia da ciência moderna, sustentada sobre a externalidade de um sujeito cognoscente humano fora do mundo, da natureza, e senhor de seus objetos de conhecimento.
This paper proposes the notion of ecological epistemologies and their implications for research in environmental education. These epistemologies seek to define the ecological dimension of an ontological turn in the direction of the symmetry between different regimes of knowledge and between humans and nonhumans. This movement can be identified in the work of authors such as Tim Ingold, Bruno Latour, Take Off, De Landa, Deleuze and Guattari. Having this debate in the background, the proposed concept of ecological epistemologies, presents itself as a notion necessarily plural. Not intended to designate a theoretical unity, but an opening toward the symmetry, the materiality and the streams that displace the great division between subject and object, and between nature and culture. It is pretty different to take the knowledge as something produced above the world, but consider that knowledge is produced with the world. This position contradicts the royal road of modern science, sustained on the externality of a knowing subject human out of the world of nature and Lord of their knowledge objects.
En este trabajo se propone el concepto de epistemologÃa ecológico y sus implicaciones para la investigación en educación ambiental. Estas epistemologÃas buscan demarcar la dimensión ecológica de un cambio ontológico en la dirección de la simetrÃa entre los distintos regÃmenes de conocimiento entre los humanos y los no humanos. Este movimiento se puede identificar en la obra de autores como Tim Ingold, Bruno Latour, Descola, De Landa, Deleuze y Guattari. Teniendo este debate en el fondo, el concepto de las epistemologÃas ecológicas propuesto se presenta como un concepto necesariamente plural. Sin pretender designar a una unidad teórica, sino un movimiento de apertura epistémica inspirado en la simetrÃa, en la materialidad y en los flujos que tienen la intención de fracturar las relaciones entre sujeto y objeto, naturaleza y cultura. Es, en esta perspectiva epistemológica, considerar el saber no como el conocimiento sobre el mundo, pero teniendo en cuenta los esquemas que producen conocimiento con el mundo. Esta actitud contrasta con las opciones de la ciencia moderna, sustentada en la exterioridad de un conocedor humano fuera del mundo de la naturaleza, y señor de sus objetos de conocimiento.