A utopia concreta de Gonçalves Correia: percurso e contexto de um anarquista alentejano singular
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A utopia concreta de Gonçalves Correia: percurso e contexto de um anarquista alentejano singular
Autor Correspondente: João Carlos Louçã | [email protected]
Palavras-chave: Portugal; 1ª República; anarco-sindicalismo; comunitarismo; utopia
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Resumo Português:
Na primeiras décadas do século passado, Portugal viveu perÃodos conturbados com a instauração da República e um proletariado, que apesar de essencialmente rural, descobria caminhos para a organização de classe ao mesmo tempo que sonhava com uma sociedade mais justa. Anarquistas e sindicalistas, a sua influência perdurou e permite ainda olhar para esses momentos como fundadores de muitas das práticas emancipadoras que sobreviveram ao século XX e sobrevivem ainda. António Gonçalves Correia foi protagonista desse tempo e dessas lutas e a sua vida cruza-se com a história do movimento operário português. Na sua radicalidade libertária tenta uma vida comunitária e a comuna que fundou no Alentejo, teve um papel preponderante na resistência dos trabalhadores rurais durante a greve geral de novembro de 1918. A educação operária, os princÃpios da solidariedade e da igualdade, a auto-organização dos trabalhadores foram elementos fundamentais do seu pensamento e percurso.