O presente artigo tematiza o conceito de autonomia em Honneth a partir de
duas dimensões de sua obra, distintas, mas inseparáveis. A primeira é sugerida por meio
da autorrelação prática positiva do sujeito vinculada aos padrões de reconhecimento
recÃproco do amor, do direito e da estima social; a segunda é formulada como
autonomia descentrada em contraponto à crÃtica contemporânea ao sujeito autônomo
moderno e engloba três nÃveis, a saber: o da capacidade de articulação linguÃstica, o da
coerência narrativa de vida e o da complementação da orientação por princÃpios com
um critério de sensibilidade moral ao contexto. Defende-se a posição de que, ao ancorar
pós-metafisicamente o conceito de autonomia nos pressupostos intersubjetivos de sua
teoria do sujeito e explorá-lo vinculado à autorrelação prática positiva do sujeito e a um
sentido descentrado, Honneth consegue renová-lo, o que permite extrair consequências
importantes deste esforço para o campo da educação.
This paper addresses Honneth’s concept of autonomy from two dimensions
of his work, distinct, though inseparable. The first one is suggested through the subject’s
positive practical self-relation linked to the patterns of reciprocal recognition of love,
right and social esteem; the second is formulated as non-centered autonomy opposed
to the present-day criticism of the modern autonomous subject encompassing three
levels, namely: the capacity of linguistic articulation, the narrative coherence of life
and the complementation of being guided by principles with some criteria of moral
sensitivity to the context. We defend the position that, by metaphysically anchoring
the concept of autonomy onto the intersubjective assumptions of his/her theory of
the subject, and exploring it linked to the subject’s positive practical self-relation and
to a non-centered meaning, Honneth has managed to renew it, which allows drawing
important consequences of such effort to the field of education.
El artÃculo presenta como tema el concepto de autonomÃa en Honneth
desde dos dimensiones de su obra, distintas, pero inseparables. La primera es sugerida
por la autorelación práctica positiva del sujeto asociada a las normas de reconocimiento recÃproco del amor, del derecho y de la estima social; la segunda es formulada como
autonomÃa descentrada en contrapunto a la crÃtica contemporánea al sujeto autónomo
moderno y comprende tres niveles, a saber: el de la capacidad de articulación lingüÃstica,
el de la coherencia narrativa de vida y el de la complementación de la orientación por
principios con criterio de sensibilidad moral al contexto. Defendemos la posición que, al
apoyar pos-metafÃsicamente el concepto de autonomÃa en los supuestos intersubjetivos
de su teorÃa del sujeto, y al explorarlo en relación a la autorelación práctica positiva del
sujeto y a un sentido descentrado, Honneth consigue renovarlo, lo que permite extraer
consecuencias importantes de este esfuerzo para el campo de la educación.