A Agenda-setting nasceu como uma hipótese na década de 1970 e desde então tem sido alvo de centenas de investigações acerca da relação da mÃdia com seu público. Já foi apontada, inclusive, como uma das teorias da Comunicação mais estudadas pelos pesquisadores da área. Com o propósito, portanto, de analisar o estatuto teórico desse relevante modelo, este artigo investiga o porquê de, quatro décadas depois, a Agenda-setting continuar sendo considerada uma hipótese. O estatuto do modelo já pode ser alçado ao de uma teoria? Para empreender esse debate epistemológico, investigamos a trajetória da então hipótese do Agendamento, baseados, primordialmente, nos estudos de seu pai-fundador, Maxwell McCombs, para então discutirmos o objeto de pesquisa ancorados no modelo de produção cientÃfica formulado pelo
epistemólogo Imre Lakatos. A partir dos conceitos de núcleo firme e hipóteses secundárias, acreditamos que o modelo de Agenda-setting tenha alcançado o status de teoria, constituindo um corpus consistente de tradição de pesquisa, apesar de sua dispersão.
Agenda Setting was founded as a hypothesis in the 1970’s and ever since has been subject of hundreds of researches worldwide about the relationship between media and its public. It also has been pointed as one of the most quoted theories in Communication Research (FORMIGA, 2006). Given its relevance in this scenario, we aim to analyze the reasons for, four decades later, Agenda Setting still being called a hypothesis. Can its status now be raised to a theory? To endeavor this epistemological debate, we investigate the trajectory of the model based, mainly, on the researches of one of its founding fathers, Maxwell McCombs, to then discuss our research object, anchored in the scientific production model of the epistemologist Imre Lakatos. From the concepts of hard core and protective belt, we believe that the model of Agenda Setting has achieved the status of theory, being composed by a consistent corpus of research tradition, despite its dispersion.
La Agenda-setting fue fundada como una hipótesis en la década de 1970 y desde entonces ha sido objeto de cientos de estudios sobre la relación de los medios de comunicación con su público. Ya se ha señalado como una de las teorÃas de la comunicación más estudiadas por los investigadores del área de comunicación (FORMIGA, 2006). Para examinar el estado teórico de tal modelo, este artÃculo investiga por qué, cuatro décadas más tarde, Agenda-setting se sigue considerado una hipótesis. El estado del modelo ahora puede ser elevado a una teorÃa? Para llevar a cabo este debate epistemológico, se investigó la trayectoria intelectual de la entonces llamada hipótesis, basado principalmente en los estudios de su padre fundador, Maxwell McCombs, y luego discutiremos el objeto de investigación anclado en el modelo de producción cientÃfica formulada por el epistemólogo Imre Lakatos. A partir de los conceptos de núcleo central y cinturón protector, creemos que el modelo de la agenda-setting ha alcanzado el estatus de teorÃa, constituyen un conjunto coherente de tradición de investigación, a pesar de su dispersión.