Este artigo objetiva descrever algumas das estratégias contra-revolucionárias utilizadas pelas elites dominantes em momentos históricos decisivos, isto é, aqueles momentos em que a ordem estabelecida é posta em xeque. A contra-revolucão atua com a finalidade de conservar o status, mesmo admitindo alguma mudança superficial. Posteriormente, relaciona-se essa aversão à mudança com a manutencão da ordem. Caracterizamos a ordem em questão como a ordem da dependência que tem raizes no desencadeamento de processos civilizatórios e nas vias contemporâneas de atuação do imperialismo. Conclui-se que o impedimento contra-revolucionário da mudança estrutural e a conseqüente manutenção da condição dependente resultam em uma democracia restrita e frágil.