Para Luc Boltanski e Ève Chiapello, a história do capitalismo passou por três “espÃritos do capitalismoâ€, de acordo com a definição que dão ao conceito. Sendo que, o último espÃrito ainda está em formação. Isabelle Darmon, baseada na sua interpretação de Max Weber, defende que não há um novo espÃrito, mas sim o mesmo e único, pois “sem uma nova racionalidade econômica, não há um novo espÃrito do capitalismoâ€. Este artigo visa fazer uma revisão do debate entre os autores e responder a seguinte pergunta: diante da crÃtica de Darmon, é válido ainda situarmos o universo empÃrico de uma pesquisa num contexto de “espÃrito de capitalismoâ€, conforme a definição de Boltanski e Chiapello? Concluo que sim, se considerarmos as mudanças em tal “espÃrito†como renovações na interação entre as racionalidades formal e material.