Existem atualmente importantes esforços para criar indicadores de gestão em toda
América Latina. Sem dúvida, são poucos os casos nos quais se pode falar sobre a utilização
sistemática destes indicadores para avaliar a gestão e organizações, programas e polÃticas
públicas. Pressupõe-se a existência de instrumentos de avaliação com capacidade para
abordar os nÃveis micro e macro da gestão, situando-os dentro de um contexto mais amplo
que se relaciona com outros nÃveis da ação estatal, tanto nacional quanto local, e suas
interações com outros atores da sociedade civil. A aplicação de uma perspectiva sistêmica
de avaliação representa uma agenda urgente dentro do esforço por avançar no processo de
modernização do Estado na região. Existem vários paÃses que avançaram na direção adequada,
entre eles, destacam-se os casos do Chile, Colômbia e Costa Rica.
Neste trabalho, utilizam-se os casos sul-americanos como ponto de referência para
reflexão sobre a natureza da avaliação da gestão pública e explorar em que medida, na
América Latina, esta prática representa mais que uma simples técnica administrativa e qual
tem sido sua função como ferramenta de modernização do Estado. Este objetivo se
desenvolve a partir de uma análise comparativa entre os casos do Chile e Colômbia,
considerando três questões para se analisar tanto os elementos conceituais, quanto a
efetividade das práticas nos contextos particulares: “para que avaliar?â€; “o que avaliar e em
que nÃvel fazê-lo?â€; e “o que fazer com a informação obtida?â€. Aos casos colombianos e
chilenos, somam-se alguns exemplos de casos nos EUA, dado que neste paÃs houve
contribuições práticas e teóricas sobre a avaliação da gestão pública a partir de seu estudo
empÃrico, em contraste com a ausência de pesquisa sistemática sobre os esforços existentes
nos casos latino-americanos.
A partir destas três questões e dos casos especÃficos, este trabalho desenvolve a idéia
de que, dada a estreita relação entre gestão e polÃticas públicas, a avaliação para a gestão
pública será mais efetiva como instrumento de modernização na medida que envolva os três
nÃveis da ação social: o macro, o médio e o micro, e na medida que gere capacidade para
estabelecer conexões entre estes nÃveis. Isto garante à queles que tomam decisões pertinentes
ao nÃvel macro utilizar informação dos nÃveis inferiores e vice-versa, criando assim maior
coerência nos diferentes nÃveis da administração pública. O trabalho também destaca a
necessidade de se organizar uma agenda de pesquisas empÃricas para estudar mais
profundamente os esforços nacionais de avaliação da gestão pública na região.
Currently, there are major efforts at setting up management indicators throughout
Latin America. However, few cases show the systematic use of such indicators to evaluate
the management of organisations, programmes and public policies. This entails the use of
evaluation tools covering micro and meso management to a wider context as related to other
State levels, both national and local, and their interactions with other players within civil
society. The application of a systemic evaluation is an urgent part of the agenda, in the
effort to advance State modernisation process in the region. Several countries have already
progressed in the appropriate direction, they include Chile, Colombia and Costa Rica.
This paper uses two South-American cases to discuss the evaluative nature of public
management and to explore whether this practice in Latin America, is merely an administrative
technique and to discuss its role in State modernisation. A comparative analysis of Chile and
Colombia is used, using three questions which show important dilemmas to be analysed, both
in terms of their conceptual components and their effectiveness in a given context: “what is
evaluation for?â€, “what should be evaluated and at which level?†and “what should be done
with the data collected?†In addition to the Colombian and Chilean cases, some examples from
the United States are included. The United States has made significant practical and theoretical
contributions to the evaluation of public management based on its empirical study, as opposed
to the lack of systematic research into existing efforts in Latin American cases.
From these questions and specific cases, this paper develops the concept that, given
the close relationship between management and public policies, evaluation for public
management will be more effective as a modernisation instrument as long as it covers the
three levels of social action — macro, meso and micro — , and as long as it develops the
ability to make connections among such levels. This ensures that decision makers at the
macro level in State action use information from lower levels and vice versa, resulting in a
greater coherence within the different levels of public administration. This paper also
states the need to organise an empirical research agenda to delve into each country’s efforts
at evaluating public management in the region.
Existen en la actualidad importantes esfuerzos para crear indicadores de gestión en
toda América Latina. Sin embargo, son pocos los casos en los cuales se puede hablar de la
utilización sistemática de estos indicadores para evaluar la gestión de organizaciones,
programas y polÃticas públicas. Ello supone tener instrumentos de evaluación con capacidad
para cubrir los niveles micro y meso de la gestión, pero ubicándolos dentro de un contexto
más amplio que se relaciona con otros niveles de la acción estatal, tanto nacional como
local, y sus interacciones con otros actores de la sociedad civil. La aplicación de una
perspectiva sistémica de evaluación representa una agenda urgente dentro del esfuerzo por
avanzar en el proceso de modernización del Estado en la región. Existen ya varios paÃses
que han avanzado en la dirección adecuada. Entre ellos, se destacan los casos de Chile,
Colombia y Costa Rica.
En este trabajo se utilizan los dos casos sudamericanos como punto de referencia para RSP
reflexionar sobre la naturaleza de la evaluación de la gestión pública y explorar en qué
medida en América Latina esta práctica representa más que una simple técnica administrativa
y cuál ha sido su función como herramienta de modernización del Estado. Este objetivo
se desarrolla alrededor de un análisis comparativo entre los casos de Chile y Colombia, a
partir de tres preguntas que presentan dilemas interesantes para analizar, tanto los elementos
conceptuales como la efectividad de las prácticas en contextos particulares. Son ellas:
¿para qué evaluar?, ¿qué evaluar y a qué nivel hacerlo? y ¿qué hacer con la información
recogida? Además de los casos colombiano y chileno, se incluyen también algunos ejemplos
de casos en los Estados Unidos, dado que en este paÃs se han hecho interesantes aportes
prácticos y teóricos sobre la evaluación de la gestión pública a partir de su estudio empÃrico,
en contraste con la ausencia de investigación sistemática sobre los esfuerzos existentes en
los casos latinoamericanos.
A partir de estas tres preguntas y de los casos especÃficos, el trabajo desarrolla la idea
de que, dada la estrecha relación entre gestión y polÃticas públicas, la evaluación para la
gestión pública será más efectiva como instrumento de modernización en la medida que
abarque los tres niveles de la acción social, el macro, meso y micro, y en la medida que
genere capacidad para establecer conexiones entre estos niveles. Esto garantiza que quienes
toman decisiones pertinentes al nivel macro de la acción estatal puedan utilizar información
de los niveles inferiores, y viceversa, creándose asà una mayor coherencia en los distintos
niveles de la administración pública. El trabajo, además, señala la urgencia de organizar una
agenda de investigación empÃrica para estudiar más a fondo los esfuerzos nacionales de
evaluación de la gestión pública en la región.