A comunicação dos afetos no tango: função, improvisação, sexualidade e ambivalências na linguagem da dança

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

A comunicação dos afetos no tango: função, improvisação, sexualidade e ambivalências na linguagem da dança

Ano: 2015 | Volume: 0 | Número: 32
Autores: Paulo Roberto Masella Lopes
Autor Correspondente: Paulo Roberto Masella Lopes | [email protected]

Palavras-chave: espaço semiótico, linguagem corporal, identidade de gênero, ambivalência, sistema cultural, tango

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Apesar de seu complexo sistema de codificação, a linguagem do tango como dança somente pode ser compreendida por intermédio das constantes improvisações que seus pares executam, exigindo uma fina sintonia nas suas intenções de movimento. No entanto, a linguagem do tango excede essas circunstâncias, constituindo-se numa comunicação dos afetos que se revela em uma experiência única que não pode ser
reproduzida. Ainda que se queira fazer do tango uma representação da sensualidade entre o homem e a mulher, propõe-se aqui uma crítica dessa identidade de gêneros, mostrando que sua expressão estética transcende essa determinação social, angariando um conjunto de representações ambivalentes que não se sujeitam a interpretações únicas. Neste artigo, embora se conceba o tango como um espaço semiótico próprio, busca-se também compreender sua linguagem corporal como um complexo sistema cultural aberto a constantes ressignificações através de algumas associações com outras formas de linguagem e representações sociais.



Resumo Inglês:

Despite its complex coding system, the language of tango as a dance can only be understood through the constant improvisations that the couples perform, requiring a fine-tune in their movement intentions. However, the tango language exceeds those circumstances, becoming a communication of affect that reveals itself inside a unique experience that cannot be reproduced. Even if it is wanted to make tango as a representation of sensuality between men and women, it is proposed here a critical view of this gender identity, showing that its aesthetic expression transcends the social determination, raising a set of ambivalent representations that are not subjected to unique interpretations. In this article, although tango is conceived as a semiotic space itself, it is also possible to seek the understanding of their body language as a complex cultural system open to constant reinterpretations through some associations with other forms of language and social representations.