Neste texto, busco discutir a pertinência de se trabalhar com a teoria das “frases sem texto†ou a enunciação aforizante, proposta por Dominique Maingueneau (2010; 2011 e 2012), enquanto referencial teórico-prático que pode sustentar o ensino-aprendizagem de português na escola fundamental e média brasileira. Penso que tomar os pequenos enunciados que circulam nas mais diferentes plataformas discursivas, a partir da teoria das “frases sem textoâ€, enquanto objeto de ensino, evitaria o problema da estabilização a priori e o pouco contato com a realidade comunicativa dos gêneros do discurso. Quando se mobiliza a teoria das “frases sem texto†é possÃvel perceber que alguns enunciados, por conta de suas caracterÃsticas linguÃsticas e discursivas, ganham tamanho grau de autonomia, que prescindem de qualquer gênero para circular.
