ESTADO E POLÍTICAS DE LINGUA: AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA COMO PRODUÇÃO DE SENTIDOS

Revista Ecos

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ISSN: 23163933
Editor Chefe: Agnaldo Rodrigues da Silva
Início Publicação: 31/12/2003
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

ESTADO E POLÍTICAS DE LINGUA: AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA COMO PRODUÇÃO DE SENTIDOS

Ano: 2011 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Ana Maria Di Renzo; Francielli Carolina Durigon
Autor Correspondente: A. M. Di Renzo | [email protected]

Palavras-chave: Língua, História, Discurso, políticas de língua

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é resultante da nossa participação no projeto de Cooperação Internacional sob o título “História das Ideias Linguísticas” e que no Brasil se ocupa Ética e Política das Línguas, cujo objetivo é (re)construir a história da constituição do saber metalinguístico sobre a língua portuguesa, a partir de uma posição histórica sobre a produção do conhecimento, logo dos seus processos de produção. Dessa forma, pode-se não somente ter acesso à forma como o saber sobre a língua no Brasil se constituiu, mas também como esse mesmo saber constituiu o homem “sujeito nacional”, o cidadão brasileiro. Portanto, a história de que falamos, isto é, fazer história das ideias linguísticas é tratar a própria produção do conhecimento sob a perspectiva de uma política do conhecimento sobre linguagem, o que nos convoca tratar, também, da ética, que, segundo Orlandi (1999), toca “o modo como funcionam os princípios que fundamentam a vida social”. Assim sendo, estudamos a formação do Estado brasileiro, conjugada com a instituição da Língua Nacional e o surgimento da Escola. Isto nos permitiu, portanto, através da (re)leitura discursiva de arquivos, dar visibilidade ao saber produzido sobre a língua e a constituição do sujeito nacional, a partir das condições próprias da nossa história. E, tocados por essa questão, escolhemos o Colégio Liceu Cuiabano de Mato Grosso num período que compreende o final do século XIX e início do século XX, precisamente, na primeira República. Período em que passando de Colônia a Estado independente era preciso gramatizar e/para ensinar a língua nacional. Resulta dessa reflexão nosso interesse pela criação dos grandes Colégios do país e pela formação do cidadão brasileiro que vamos ter como produto da relação Estado/Língua/Sujeito. A construção de instrumentos lingüísticos, pela sua divulgação e pela produção que vai elaborando, institui uma política de língua que, por conseguinte, vai dando forma e identidadea um cidadão. Nosso interesse está no que ele representou na construção do saber sobre a língua no Brasil e na constituição do cidadão Mato-grossense Brasileiro. Em outras palavras, a construção tanto da língua quanto do saber sobre ela está intimamente relacionada com a formação do Estado, processos que nos mostram os modos de sua constituição, logo, da sua história. Ao propormos tal estudo, objetivamos explicitar essa história, aliando a construção do saber sobre a língua, o nascimento da Escola e a constituição do sujeito nacional.



Resumo Francês:

Ce travail prend part au Projet de Coopération Internationale Histoire des Idées Linguistiques, qui au Brésil s’occupe de l’Éthique et de la Politique des Langues, avec le but de (re)construire l’histoire de la constituition du savoir métalinguistique sur la langue portugaise, à partir d’une position historique sur la production de la connaissance, et, donc, des ses processus de production. Ainsi, on ne peut pas seulement avoir accès à la forme comme le savoir sur la langue au Brésil a été constitué, mais aussi, comme ce même savoir a constitué l’homme “sujet nacional”, le citoyen brésilien. De cette manière, l’histoire sur laquelle nous parlons, c’est-à-dire, faire l’histoire des idées linguistiques, c’est traiter la production de la connaissance sur la perspective d’une politique de la connaissance sur langage, ce que nous appelle à traiter aussi de l’éthique, qui, selon Orlandi (1999), touche “le mode comme fonctionent les principes qui fondent la vie social”. Par conséquent, nous étudions la formation de l’État brésilien, conjuguée avec l’instituition de la Langue Nationale et l’émergence de l’École. Ça nous a permis, à travers la (re)lecture discursive des archives, donner de la visibilité au savoir produit sur la langue et à la constituition du sujet national, à partir des condictions de notre histoire elle même. Touchés par cette question, nous avons choisi le collège Liceu Cuiabano de Mato Grosso, de la fin du XIXème siècle jusqu’au début du XXème siècle, à la 1ère République. À cette période le Brésil a passe de colonie à État indépendant et il faudrait grammatiser et/pour enseigner la langue nationale. À partir cette reflexion nous avons l’intérêt par la création des grands collèges du pays et par la formation du citoyen brésilien qui nous allons avoir comme produit de la relatioÉtat/Langue/Sujet. La construction des instruments linguistiques, par sa propagation et par la production qu’elle élabore, instituit une politique de langue, que donne forme et identité au citoyen. Notre intérêt réside dans la répresentation de ce citoyen à la construction du savoir sur la langue au Brésil et à La constituition du citoyen du Mato Grosso brésilien, car, la construction de La langue et du savoir sur elle même, est intimement rélationée avec la formation de l’État. À travers ces processus nous pouvons percevoir les modes de la constituition de l’État et, par conséquent, de son histoire. Cet étude a comme objectif expliciter cette histoire, en ajoutant la construction du savoir sur la langue, la naissance de l’École et la constituition du sujet national.