Os filmes Flesh (1968) e Trash (1970), de Paul Morrissey, analisados neste trabalho, mostramo underground de Nova Iorque dos anos 60, abordando temas como sexo, drogas e prostituição.Através da superexposição do nu masculino e de personagens-chave interpretados por travestis,conhecemos como Morrissey transporta a seus filmes seu olhar pessimista sobre aquela realidade. Porém, caracterizados pela pouca intervenção do diretor, falta de roteiro préconcebido e alto grau de improvisação dos atores (que desempenham papéis próximos a suas realidades), esses filmes acabam muitas vezes por absolver ao invés de condenar seus personagens, apesar da falta de perspectiva com que encerram suas histórias.