Identificar as principais causas de procura por atendimento oftalmológico numa instituição privada credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estudo transversal, observacional e retrospectivo, com análise de 1670 prontuários de atendimentos realizados durante 6 meses no Instituto de Olhos de Goiânia. As variáveis estudadas foram idade, sexo, procedência, queixas oculares, comorbidades e diagnóstico (CID-10). Houve predominância de pacientes do sexo feminino (58,1%) e a idade média foi 56,9 anos. Houve uma prevalência de 45,9% de pacientes com história de HAS, 16,8% com DM e 5% com glaucoma. O principal motivo da consulta foi baixa acuidade visual (70%), seguido de ardência (26%) e prurido (24,4%). Entre os exames alterados, a maior frequência foi de transtornos de refração (73,4%) e presbiopia (59,6%). Dentre os erros refracionais tivemos 70,5% pacientes com astigmatismo, 58,6% hipermetropia e 15,1% de miopia. Conhecer as principais queixas e os problemas de saúde ocular de uma região ajuda planejar melhor os recursos públicos e a desenhar estratégias dirigidas à diminuição e controle das perdas visuais e da cegueira.