O presente artigo apresenta reflexões de duas pesquisas realizadas no perÃodo de 2010 a 2013 na Vila de Joanes, Ilha do Marajó, Pará. Nas últimas décadas cresceu a demanda pela gestão do patrimônio arqueológico e a criação de museus por parte de moradores assentados no entorno ou sobre sÃtios arqueológicos na Amazônia Brasileira. A Vila de Joanes está localizada na porção leste da Ilha do Marajó, é distrito do municÃpio de Salvaterra e possui cerca de 2000 habitantes. Além de praias e igarapés, a paisagem é marcada pelas ruÃnas de uma antiga igreja construÃda de
pedra, datada de meados do século XVII e pela presença de vestÃgios arqueológicos. A partir do nosso contato com os joanenses foi possÃvel observar as suas práticas de preservação do patrimônio arqueológico e repensar novas formas de gerir, sentir e se relacionar com esses fragmentos do passado.
This article present reflections from two surveys conducted in the period from 2010 to 2013 in Vila de Joanes, Marajó Island, Pará. In recent decades the demand grew for the management of archaeological heritage and the creation of museums of local residents settled in the surroundings or on archaeological sites in the Brazilian
Amazon. The Vila de Joanes is located in the eastern portion of the island of Marajo, is a district of Salvaterra and has about 2000 inhabitants. Besides beaches and bayous, the landscape is marked by the ruins of an old church built of stone, dating from the mid-seventeenth century and the presence of archaeological remains. From our contact with joanenses was possible to observe their practices for the preservation of archaeological heritage and rethink new ways of managing, feel and relate these fragments of the past.