A mediação se desenvolve como forma de gestão de conflitos em todos os campos da vida social há mais de quarenta anos nos dois lados do Atlântico. Mediante essa constatação, pergunta-se se a renovação da mediação não reflete o surgimento de novo modo de regulação social, pois, no contexto da globalização do comércio, a mediação é reduzida a simples técnica de gestão de conflitos que poderia se transferir de um paÃs para outro sem se preocupar com as diferentes realidades socioculturais. O objetivo com este artigo é verificar se há um ou vários modelos latinos e anglo-saxões de mediação. A resposta a esse questionamento é problemática, pois não é fácil
categorizar a realidade social, como também proceder a análises comparativas de sistemas sociais em face das suas diversidades e complexidades. Portanto, a análise do fenômeno da mediação em cada paÃs não pode ser feita à luz da coerência social e da continuidade histórica de cada sociedade. Ter conhecimento desse “efeito social†significou respeitar, na análise, o lugar e a função utilizados pela mediação em cada paÃs e seus modelos
de regulação social para verificar a existência de vários modelos latinos e anglo-saxões de mediação.
Mediation has developed as a form of conflict management in all fields of social life for over forty years on both sides of the Atlantic. Upon this realization, the question arises as to whether the renewal of mediation reflects the emergence of a new mode of social regulation because, in the context of trade globalization, mediation is reduced to a simple conflict management technique that could be transferred from one country
to another without worrying about different sociocultural realities. The purpose of this paper is to check whether there is one or more Latin and Anglo-Saxon models of mediation. The answer to this question is problematic because it is not easy to categorize social reality and undertake a comparative analysis of social systems in light of its diversity and complexity. Therefore, a review of the mediation phenomenon in each country cannot be made in light of the social coherence and historic continuity of each society. Knowing this “social effect†meant that the review needed to respect the place and role of mediation used in each country
and their models of social regulation to confirm the existence of various Latin and Anglo-Saxon models of mediation.