Objetivo
Analisar o padrão de consumo alimentar de lactentes e sua associação com variáveis socioeconômicas, culturais e demográficas maternas.
Métodos
Foi feito um estudo de corte transversal que envolveu dois grupos de mães de crianças até 24 meses (n=202) residentes na cidade de Maceióâ€Alagoas. O grupo caso foi constituÃdo por mães cadastradas em uma unidade de saúde da famÃlia. O grupo comparação foi constituÃdo de mães que levaram seus filhos para atendimento em dois consultórios particulares de pediatria da cidade. O consumo alimentar foi avaliado com o uso de um questionário de frequência alimentar (QFA) qualitativo e validado. O QFA foi avaliado pelo método no qual o cômputo geral da frequência do consumo é convertido em escore.
Resultados
As crianças com maior renda familiar e mães com melhor nÃvel de escolaridade (grupo comparação) apresentaram as maiores medianas de escores de consumo dos grupos alimentares de frutas, legumes e verduras (p<0,01) e carnes, miúdos e ovos (p<0,01), quando comparadas com as crianças do grupo caso. Por outro lado, as medianas de escores de consumo de produtos industrializados foram mais elevadas entre as crianças do grupo caso (p<0,01).
Conclusões
O nÃvel socioeconômico materno influenciou na qualidade da alimentação que foi oferecida ao lactente, pois, no grupo caso, crianças de até 24 meses já tinham no seu cardápio produtos industrializados, em detrimento do consumo de alimentos saudáveis.
Objective
To analyze dietary patterns of infants and its association with maternal socioeconomic, cultural, and demographic variables.
Methods
A crossâ€sectional study was conducted with two groups of mothers of children up to 24 months (n=202) living in the city of Maceió, Alagoas, Northeast Brazil. The case group consisted of mothers enrolled in a Family Health Unit. The comparison group consisted of mothers who took their children to two private pediatric offices of the city. Dietary intake was assessed using a qualitative and validated food frequency questionnaire (FFQ). The evaluation of the FFQ was performed by a method in which the overall rate of consumption frequency is converted into a score.
Results
Children of higher income families and mothers with better education level (control group) showed the highest median of consumption scores for fruits and vegetables (p<0.01) and meat, offal, and eggs (p<0.01), when compared with children of the case group. On the other hand, the median of consumption scores of manufactured goods was higher among children in the case group (p<0.01).
Conclusions
Maternal socioeconomic status influenced the quality of food offered to the infant. In the case group, children up to 24 months already consumed industrial products instead of healthy foods on their menu.