O artigo visa demonstrar qual a relação do direito com as biociências em face das possibilidades abertas, sobretudo a partir do Projeto Genoma, que tornou a manipulação e a terapia genética uma realidade. Mediante a análise de questões nevrálgicas para o debate acerca dos limites da ciência, destacam-se as eventuais consequências jurÃdicas dos avanços
biotecnológicos e questiona-se, ao fim, acerca da utilidade e dos riscos de se adotar um posicionamento de incentivo ao melhoramento genético do ser humano, apontando para a existência de um elemento natural compartilhado por todos os indivÃduos da espécie que caracteriza a humanidade. À guisa de conclusão, propõe-se a reflexão sobre a ética da responsabilidade de Hans Jonas, que procura preservar, para agora e para o futuro, uma humanidade eminentemente humana.