O artigo pretende refletir sobre a cultura da performance, discutindo paralelamente a antropologia da igualdade que, no contemporâneo, dá lugar ao surgimento de novos heróis interpelados pela generalização da publicidade que promete a todos a possibilidade de atingir uma repentina notabilidade. A estratégia consegue seduzir uma quantidade grande de anônimos que participam dos certames e/ou se identificam com os que se sobressaem por meio dos dispositivos midiáticos. Tal modelo é pautado por uma cultura de estilo atlético e empresarial e tem seu foco na obtenção da fama. O fracasso de tal busca gera frequentemente um paradigma depressivo entre ansiolÃticos, drogas, reclusão e imobilidade. A dinâmica da identidade/diferença é dinamizada pelas práticas do marketing cultural cujas ações serão objeto de discussão no sentido de verificar se o recurso à cultura propicia, efetivamente, um envolvimento individual e comunitário.