O presente artigo tem por objetivo analisar a distribuição espacial do emprego formal na agropecuária brasileira, total e por gênero, por meio da Análise Exploratória de Dados Espaciais – AEDE. De posse da dispersão do emprego formal entre homens e mulheres, mostra-se se existe interferência do rendimento por gênero deste setor na localização deste emprego formal. O estudo refere-se à s 558 microrregiões geográficas do paÃs e foram utilizados os dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS para os anos de 1989, 1999 e 2009. Identificou-se que, nos três perÃodos analisados, é evidente a maior participação do Estado de São Paulo em número de contratações formais, tendência esta justificada pela composição de produção agropecuária paulista que possui produtos intensivos em mão de obra, como cana-de-açúcar, café e laranja. Além disso, quando desmembramos o emprego formal por gênero, vem-se observando a elevação no número de contratações de mulheres para trabalhar na agropecuária mantendo este estado como o maior demandante de mão de obra formal para sustentar a expansão das monoculturas. No entanto, esse crescimento acontece em percentual bem menor do que a contratação de mão de obra masculina, ou seja, a participação feminina ainda é tÃmida no universo do mercado de trabalho formal.
This article aims to analyze the spatial distribution -total and by gender - of formal employment in Brazilian agriculture, by exploratory spatial data analysis (ESDA). After collecting data and analyzing the dispersion of formal employment for men and women, it is possible to show whether there is interference from the income of this sector by gender in the location of formal employment, that refers to the 558 geographical micro-regions of the country and the Annual Relation of Social Information (RAIS) was used for the years 1989, 1999 and 2009. Clear participation of the largest state of Sao Paulo in the number of formal contracts was identified on the three study periods. This trend was explained by the composition of agricultural production of the state which has products that require intensive labor, such as sugar cane, coffee and orange. Furthermore, it has been observed, when unbundled formal employment by gender, an increase in the number of hiring women to work in agriculture. This fact maintains this state as the largest applicant's formal workforce to support the expansion of plantations. However, this growth occurs in a percentage much lower than hiring manpower male, so, female participation is still limited in the universe of formal labor market.