As paisagens da transição energética: uma perspectiva política

Redes

Endereço:
Avenida Independência, 2293 - Bloco 10/Sala 1023 - Universitário
Santa Cruz do Sul / RS
96815-900
Site: http://online.unisc.br/seer/index.php/redes/index
Telefone: (51) 3717-7392
ISSN: 1982-6745
Editor Chefe: Rogério Leandro Lima da Silveira
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Quadrimestral

As paisagens da transição energética: uma perspectiva política

Ano: 2015 | Volume: 20 | Número: 3
Autores: M.-J. Fortin
Autor Correspondente: M.-J. Fortin | [email protected]

Palavras-chave: paisagem política, energia, energia eólica, territorialização, aceitabilidade social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Além de grandes objetivos genéricos, a transição energética necessita ser traduzida em políticas e em projetos bastante concretos. A implementação destes últimos, frequentemente na forma de amplos sítios de produção de energia, provoca fortes reações nos territórios, entre outros, em nome da paisagem. Entretanto, ao invés de reconhecer nesse fato uma reação sistemática de oposição, sugere-se considerar a paisagem enquanto uma forma de testar o nível de territorialização das propostas realizadas em nome da transição energética: na qualidade de arcabouço cognitivo e político, a paisagem permitiria, deste modo, confrontar “projeto” e “território”, e compreender se o primeiro demonstra-se coerente e representativo em relação ao futuro do segundo. Nesse sentido, propõe-se um roteiro de análise estruturado em três níveis, referindo-se a abordagens teóricas complementares, quais sejam: a paisagem 1) como representação social, 2) como instrumento e objeto negociado e 3) como paradigma societal. O recente desenvolvimento da matriz eólica no Québec ilustra como a “paisagem” poderia ser mobilizada nesse sentido.



Resumo Inglês:

Beyond major general objectives, energy transition needs to be translated into concrete policies and projects. The implementation of such policies and projects, often in the form of large sites for the generation of energy, gives rise to strong reactions, notably in defence of the landscape. But rather than interpret this as a reaction of systematic opposition, we propose to consider the landscape as a way of testing the level of territorialisation of proposals made in the name of the energy transition. As a cognitive and political framework, this makes it possible to compare the project with the territory and to understand whether the former is consistent with and able to provide perspectives for the future of the latter. To do so, we propose an analytical framework structured on three levels referring to complementary theoretical approaches: the landscape 1) as a social representation, 2) as a tool and a negotiated object, 3) and as a societal paradigm. The recent wind energy sector in Quebec serves to illustrate how the «landscape» could be mobilised in such a way.