Olhando nosso tempo, chamado pós-moderno, constatamos que uma de suas grandes marcas é a pluralidade – uma sociedade altamente pluralista e, por isso mesmo, carregada de superficialidade e vacuidade. Quantidades enormes de opções para um mesmo produto são colocadas à mostra, como num grande supermercado, proporcionando-nos oportunidade de escolher o que mais nos agrada. Neste mundo dessacralizado, de onde Deus foi banido e no qual a última e única palavra é a do homem, pesam as aparências de vitalidade espiritual, projetadas pelas lideranças institucionais. Observam-se as marcas de uma tirania e de um farisaÃsmo espirituais, vincados pelo legalismo, pelo conservadorismo carnal e pela paranóia, esta sustentada por aqueles que usurpam a autoridade da Palavra e do Evangelho da graça, do dom gratuito – e autoridade só a estes pertence. Assim, o autor aborda neste artigo, dentro do modelo da pós-modernidade, três dimensões fundamentais, como paradigmas desse novo tempo, onde busca um olhar descritivo, objetivando extrair, desta análise fenomenológica, elementos importantes como pano de fundo para uma investigação mais profunda, a posteori, do cristianismo, sobretudo, em nosso paÃs, à luz de tais resultados.