O presente artigo discorre sobre os possÃveis significados do termo gnóstico, as possÃveis razões do interesse de Carl Gustav Jung pelo mesmo, e questiona se o gnosticismo está relacionado com a mensagem do Jesus andarilho. Tendo confirmado o conteúdo gnóstico do evangelho segundo Tomé, objeto do interesse de Jung, é feita uma exegese do seu quadragésimo-segundo versÃculo, discorrendo sobre uma possÃvel asserção de Jesus para sermos andarilhos conotativa e denotativamente. O encorajamento dado por Jesus no evangelho segundo Tomé é ampliado por exemplos de viajantes do século I, obtidos de autores gregos e romanos que lhe foram contemporâneos. Conclui-se que Jesus pregou sua mensagem como andarilho, seguindo uma prática comum em sua época, e que conteúdos gnósticos têm uma mensagem relevante para a Igreja hodierna.