Justificativa e objetivos: Antibioticoterapia empÃrica é usada em todo o mundo. Casos em que há necessidade de iniciar o tratamento antes da finalização dos exames microbiológicos ou mesmo em infecções de caráter brando tendem ao tratamento empÃrico. Faz-se necessários dados frequentes quanto ao perfil de susceptibilidade microbiana para orientar profissionais de saúde nessa tomada de decisões. Esse estudo objetiva traçar o perfil microbiológico de infecções de pele e partes moles em pacientes de um hospital universitário. Métodos: Foram analisados os registros de cultura de secreções e amostras de tecido referentes a ferimentos de pacientes internos atendidos na instituição durante o perÃodo de seis meses. Resultados: Foram registradas 43 culturas, das quais 15 homens e 10 mulheres tiveram resultado positivo para infecção não havendo associação significativa quanto ao sexo (OR=1,05). 15 casos (34,9%) foram associados a infecção hospitalar. Foram identificados 8 Enterococcus sp., 7 Staphylococcus aureus, 6 Streptococcus sp (dentre eles, 2 não hemolÃticos, 2 beta-hemolÃticos do grupo não B e 2 do grupo viridans), 5 Escherichia coli, 2 Staphylococcus sp. coagulase negativos (dentre estes, 1 espécie meticilinorresistente), 1 Acinetobacter baumanii, 1 Enterobacter sp, 1 klebsiella pneumoniae, 1 Morganella morganii e 1 Pseudomonas aeruginosa. Os antibióticos amicacina, vancomicina, oxacilina, rifampicina e piperacilina tazobactam apresentaram boa efetividade nas cepas testadas. Já a eritromicina não apresentou indicatividade para a terapêutica empÃrica. Conclusão: A análise do perfil microbiológico estratificado por sÃtio torna-se uma ferramenta útil aliada a análise do perfil microbiológico geral na tomada de decisões quanto a antibioticoterapia empÃrica.