Este artigo examina os conceitos de Theodor Adorno e
Walter Benjamin a respeito do sujeito dentro da arte surrealista,
recolocando a discussão para a análise do cinema contemporâneo. Em
contraposição a Benjamin, Adorno vê o sujeito do surrealismo como
alienado e possuidor de uma subjetividade que foge do referencial da
realidade, buscando uma liberdade subjetiva, mas que acaba por não
tomar consciência da sua falta de liberdade objetiva. O artigo traz esta
questão para o panorama atual da cultura por meio de textos de
Fredric Jameson e Norman Denzin sobre filmes do cineasta David
Lynch.