O texto propõe a hipótese de que a passagem da subjetividade moderna à contemporânea tem como correlato e condição o privilégio do testemunho sobre a confissão como forma de discurso autobiográfico. Os lugares de diferenciação entre confissão e testemunho foram o poder da ação humana e a relação com o passado individual. Narrativas de vÃtimas de estupro publicadas na Internet forneceram o suporte empÃrico para a experimentação. Em alguns casos, esses testemunhos podem ser vistos como uma forma de arrependimento. No final, apresentamos algumas razões para que seja mostrada a construção social da vÃtima inocente.