O artigo discute, a partir da constituição de um acervo numa instituição de ensino em Pelotas – RS, a agência de objetos documentais. Além disso, aborda a relação de objetos e documentos e sua importância no contexto social do qual fazem/fizeram parte inserindo-os como aliados no processo de rememoração de indivÃduos, grupos e instituições. Enfatiza-se a concepção dos objetos como documentos que, uma vez acionados, se transformam em potentes indicadores de uma memória institucional e coletiva. Tais materiais são analisados no contexto de uma pesquisa em andamento desde 2014, sobre memória e assistência, e que toma por objeto as práticas e
discursos institucionais de um lado e as vozes, nem sempre manifestas, de estudantes e suas famÃlias, de outro. Através dos documentos, imagens, peças de vestuário, dentre outros, compreendemos que os objetos servem e têm a potencialidade de evocar e fixar memórias em sua materialidade. A abordagem metodológica toma por referência a etnografia documental que, através da ênfase estar com os objetos documentais, tem possibilitado acessar os significados das escritas e, igualmente, de objetos que integram o acervo em questão.