Este artigo refere-se à materialidade salvaguardada e exibida nos museus chamados de comunitários com o propósito de realizar uma discussão teórica sobre os museus e as “coisas†que integram os acervos museológicos. Partindo do entendimento de que “coisasâ€, segundo Daniel Miller, pode ser tudo o que nos envolve e nos faz existir, discutiremos assim a materialidade no âmbito dos museus que constrói e reconstrói as realidades museológicas. Por fim, apresentaremos as “coisas†emaranhadas no bairro da Terra Firme, em Belém, capital paraense, reconhecidas e apreendidas como patrimônio pelos moradores, a fim de constituir o acervo museológico do Ponto de Memória da Terra Firme, haja vista que essa organização social é agente da museologia comunitária em Belém. As “coisas†presentes nos museus comunitários transitam e circulam no vai e vem da comunidade, sendo agentes de reforço na construção de sujeitos ativos.