Participação política e gestão urbana sob o Estatuto da Cidade1

urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana

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ISSN: 21753369
Editor Chefe: Rodrigo José Firmino, Harry Alberto Bollmann e Tomás Antonio Moreira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral

Participação política e gestão urbana sob o Estatuto da Cidade1

Ano: 2015 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: J. O. Goulart, E. T. Terci, E. V. Otero
Autor Correspondente: J. O. Goulart | [email protected]

Palavras-chave: participação, gestão urbana, estatuto da cidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A versão hegemônica da democracia tem inspiração na abordagem de Schumpeter, legado do pluralismo
liberal que a reduz à formação de maiorias legítimas por meio da representação. Não obstante, a democratização
de países que passaram pelo autoritarismo proporcionou experiências inovadoras da sociedade civil
em novos formatos participativos. No Brasil, essa experimentação tem particular expressão em nível municipal.
No plano institucional, o Estatuto da Cidade regulamentou o capítulo da Política Urbana da Constituição
Federal de 1988 e preconiza formatos participativos de políticas públicas de gestão urbana “por meio da
participação pública e as associações representativas”. A construção dessa agenda resulta de imposição institucional e reflete decisões governamentais e demandas da sociedade civil. O texto analisa a participação,
seu alcance para compartilhar decisões e em que medida esses formatos participativos dependem dos governos
na implantação de novos paradigmas de gestão urbana. A abordagem combina análise teórica e empírica
de processos de elaboração de Planos Diretores orientados normativamente pelo Estatuto da Cidade.
A base empírica é formada por três cidades médias do interior paulista: Piracicaba, Bauru e Rio Claro.



Resumo Inglês:

The hegemonic version of democracy is based on Schumpeter’s approach, a legacy of liberal pluralism that
reduces the formation of legitimate majorities through representation. Nevertheless, the democratization
of authoritarian countries has provided innovative experiences of civil society in new participatory
formats. At the institutional level, the Statute of the City regulated the chapter of the Urban Policy of the
Federal Constitution of 1988. It advocates participatory formats of public policies in urban management
“through public participation and representative associations”. The construction of this agenda is the result
of institutional imposition and it reflects the government decisions and civil society demands. This paper
analyzes the participation, its ability to share decisions, and to what extent these participatory formats
depend on governments for the implementation of new paradigms of urban management. The approach
combines theoretical and empirical analysis of development processes of Master Plans normatively guided
by the City Statute. The empirical basis is formed by three medium-sized cities in Sao Paulo state: Piracicaba,
Bauru and Rio Claro.