A psicanálise em um Batalhão de Polícia Militar: algumas reflexões acerca de um trabalho de pesquisa em psicanálise

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ISSN: 21787719
Editor Chefe: Angelo Ferreira Monteiro
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A psicanálise em um Batalhão de Polícia Militar: algumas reflexões acerca de um trabalho de pesquisa em psicanálise

Ano: 2014 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: Fernanda Cabral Samico
Autor Correspondente: Fernanda Cabral Samico | [email protected]

Palavras-chave: Psicanálise; Ética; Polícia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho visa pensar a clínica psicanalítica, suas possibilidades e limites em um campo tão particular como o
do 10° Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (10°BPMRJ). Nossa atuação neste espaço parte da
aposta que, ao possibilitarmos a entrada da psicanálise e sua atuação na contramão do apagamento subjetivo que a
identificação com a farda promove, permitimos que nós atuemos como promotores de implicações subjetivas e
possibilitamos o surgimento de um campo onde os afetos possam ser acolhidos. Faz-se necessário reconhecer a
importância da prática da psicanálise em um contexto cuja imposição de uma obediência sem questionamento,
aliada à sobrecarga de trabalho e situações de risco e estresse, leva ao adoecimento e à passagens ao ato de grande
gravidade. A aposta ética no sujeito do inconsciente e na psicanálise como dispositivo são os pontos norteadores de
nossa atuação. É preciso, portanto, pensar a criação de uma prática construída a partir da especificidade de um campo
como o 10° BPMRJ, para que, a partir da aplicação da psicanálise e seu dispositivo, possa-se acolher e fazer falar
o próprio de cada um em detrimento do adoecimento que a identificação com a farda promove em alguns policiais.



Resumo Inglês:

This work aims to think the psychoanalytic clinic, its possibilities and limits in a particular field such as the
10th Battalion of the Military Police of Rio de Janeiro (10 ° BMPRJ). Our work in this field. bids that by allowing
psychoanalysis and its performance to act against the sibjective deletion that the identification with the uniform
promotes, it is possible to act as promoters of subjective implications and we enable the emergence of a field where
the affections can be heard and considered as accepted. It is necessary to recognize the importance of psychoanalysis
as a practice in a context whose the habit of imposing an obedience without question, together with the increased
workload and risk, aditioned with work stress, leads to illness and “passages to the act” of great gravity. Our
compass is the Ethics in psychoanalisis, that always bet on the subject of the unconscious, also works as a device and
points the guidance of our work. We must therefore think about the creation of a practice built from the specificity
of a field as the 10th BMPRJ so that, from the application of psychoanalysis and its device, one can harbor and
make-speak each own at the expense of illness that identification with the uniform promotes in some policemen.