Neste texto, discute-se a relação entre a expressão da pessoa considerada louca, no contexto da sociedade e da intersubjetividade, na dinâmica da ONG Inverso (Instituto de Convivência e Recriação do Espaço Social em Saúde Mental). A poética da intervenção articula o instituÃdo ao instituinte das relações do coletivo na sociedade. O objetivo é analisar as segregações da loucura e do louco e o processo emancipatório da crÃtica e da prática poética com pessoas que frequentam o espaço da ONG, junto com a revisão da literatura correspondente, com reflexão crÃtica da experiência da Inverso como processo inverso ao modelo manicomial. A metodologia deste trabalho foi construÃda a partir de uma reflexão sobre saúde mental, loucura e cultura, e da observação direta do cotidiano da ONG Inverso, por 10 anos, como processo instituinte. O principal resultado desse processo foi a evidência de condições possÃveis para a efetivação de um paradigma antimanicomial de inclusão, cidadania, singularidade na promoção da saúde mental