O objetivo do presente artigo é analisar o modo como Epicuro concebeu o prazer somático (hedoné – ἡδονή) a partir de dois pontos fundamentais: enquanto fim (télos – Ï„Îλος) da ação e enquanto fonte de perturbação. Compreender a articulação do prazer somático, dentro da Filosofia de Epicuro, com base nos dois pontos acima mencionados, contribui para o esclarecimento de outras questões primordiais da ética epicurista, como, por exemplo, a conquista da felicidade sob os termos da ataraxia, ou seja, sob os termos de um estado de ausência de perturbações fÃsicas e mentais.