ENTRE A SUTILEZA E A GEOMETRIA: WILLIAM DESMOND E A POROSIDADE DO SER RELIGIOSO
Síntese
ENTRE A SUTILEZA E A GEOMETRIA: WILLIAM DESMOND E A POROSIDADE DO SER RELIGIOSO
Palavras-chave: filosofia, religião, subjetivismo, objetivismo, perspectiva metaxológica
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O ethos da modernidade não mais oferece a matriz que nutre a reverência religiosa. O projeto de objetivação e quantificação das coisas implementou um modo de racionalidade ligada ao espÃrito geométrico que taxa como meramente subjetivas todas as perplexidades últimas da existência humana. Entretanto, estas perplexidades demandam um espÃrito de sutileza para além do pensamento que medeia apenas consigo. A metaxologia, ou espaço intermediário do ser de William Desmond é um esforço original de repensar as questões ligadas ao ser religioso permanecendo fiel à porosidade que existe entre a religião e a filosofia. O ser religioso demanda aquilo que é mais Ãntimo em nós e, ao mesmo tempo, o que é mais universal. Este universal Ãntimo revela a porosidade do ser para além do subjetivismo arbitrário e do objetivismo reducionista. Ele se situa no espaço intermediário que a metaxologia desmondiana busca tematizar. Ao refletir metaxologicamente sobre o ser religioso Desmond não apenas busca resgatar a antiga intimidade entre a filosofia e a religião, mas abre o pensamento para as experiências e acontecimentos elementares que se revelam porosidades para o enigma do ser religioso.
Resumo Inglês:
This paper aims to explore the space between religion and philosophy making an effort to rethink the question of being religious in a constructive spirit beyond the modern eros of rational determination. This means to remain true to the porosity that exists between religion and philosophy. By reflecting upon the primordial perplexity of Being, William Desmond tries to find the metaxological or middle space of thought beyond the determination of a thought thinking only itself. Being religious has to do with the intimate universal, in other words, with what is most intimate in us, and yet most universal. This intimate universal reveals a porosity beyond arbitrary subjectivism and reductionist objectivism. It dwells in the between.