Minha intenção neste artigo é oferecer uma resposta à seguinte questão: a epistemologia naturalizada deve ser entendida como uma falácia? Discuto inicialmente em que medida um raciocÃnio circular implica uma falácia: o cerne do problema é a noção de prioridade epistêmica. Apresento em seguida as dúvida cépticas de Hume sobre a fundamentação do princÃpio de causalidade e argumento a favor de sua solução céptica frente a uma potencial acusação de petição de princÃpio. Essa discussão prepara a principal tese deste artigo: a epistemologia naturalizada de Quine pode ser entendida como um tipo de raciocÃnio circular que não implica uma falácia.
I’m concerned in this paper in providing an answer to the following question: should naturalized epistemology be understood as a fallacy? Firstly I consider to what extent a circular reasoning implies a fallacy: the core of the problem is the idea of epistemic priority. Then I expose the Humean doubts concerning the foundation of the principle of causality and argue for his sceptical solution facing a potential charge of petitio principii. This discussion prepares the main thesis of this paper: Quine’s naturalized epistemology can be understood as a kind of circular reasoning that doesn’t imply a fallacy.