Este artigo parte da reflexão sobre a trajetória de alguns militantes das organizações ligadas à classe trabalhadora em formação na cidade do Rio de Janeiro entre as duas últimas décadas do século XIX e as duas primeiras do século XX, para discutir como, a partir do compartilhamento de experiências de trabalho e vida em uma cidade com forte presença da escravidão, ao longo do século XIX, trabalhadores escravizados e “livres†partilharam também formas de organização e de luta, gerando valores e expectativas comuns, que acabariam tendo uma importância central para momentos posteriores do processo de formação da classe.