TORNAR-SE ORNAMENTO INDISPENSÁVEL: A VAIDADE EM MACHADO DE ASSIS E MATIAS AIRES

Revista Araticum

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ISSN: 2179-6793
Editor Chefe: Osmar Pereira Oliva
Início Publicação: 31/05/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras

TORNAR-SE ORNAMENTO INDISPENSÁVEL: A VAIDADE EM MACHADO DE ASSIS E MATIAS AIRES

Ano: 2015 | Volume: 12 | Número: 2
Autores: Mannuella Luz de Oliveira Valinhas
Autor Correspondente: M. L. O. Valinhas | [email protected]

Palavras-chave: vaidade, machado de assis, matias aires

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em “Teoria do Medalhão” (1881), de Machado de Assis, podem ser
percebidos ecos dos argumentos utilizados na “Carta sobre a fortuna” do filósofo
Matias Aires (1786). Neste trabalho pretendemos analisar a maneira como, em
ambos os textos, a vaidade é pensada como a paixão que governa o mundo. Nos
dois casos percebe-se que a vaidade é a responsável pela conquista do lugar
social por meio da adequação ao convencional, tornando-se, assim, a ferramenta
fundamental que garante o funcionamento do teatro do mundo, com todos
cumprindo seus papéis. Machado em sua sátira recupera as referencias de Matias
Aires em relação à “visão de mundo” pessimista (o olhar “desenganado” para a
sociedade) e à importância da “busca da glória” como meio da afirmação do lugar
primordial ocupado pela vaidade entre os homens.



Resumo Inglês:

In “Teoria do Medalhão” (1881), by Machado de Assis, we can notice
echoes of arguments used by the philosopher Matias Aires in “Carta sobre a
Fortuna” (1786). In this article, we intend to analyze how, in both texts, vanity is
thought as the passion which rules the world. In both cases, vanity leads to
achievement of social place, by suiting to convention, becoming thus the essential
tool which ensures that world’s theatre works, with everyone playing their roles. In
his satire, Machado brings references from Matias Aires regarding to pessimist
“world view” (the “disillusioned” sight to society) and to importance of “seeking for
glory” as way of assertion of the primordial place taken by vanity among the human
beings.